QUEM FOI QUEM
Vitor Bombana dedicou grande parte de sua vida a entidades filantrópicas de Salto e Itu
A família Bombana foi pródiga em integrantes que dedicaram grande parte de sua vida à filantropia. Três irmãos se sobressaíram: Atílio, João e Vitor, sendo que este último prestou bons serviços não somente em Salto, mas também na vizinha Itu. Ele nasceu em Salto em 22 de fevereiro de 1905, filho de Giuseppe Bombana e Santina Nonis Bombana. Realizou seus primeiros estudos em sua cidade natal com o professor Felício Marmo, que ministrava aulas numa escola particular que funcionava na Rua José Galvão. Naquela época ainda não existiam escolas públicas na cidade e Felício Marmo era um dos poucos que ensinavam as primeiras letras aos menores na cidade.
Quando o professor Felício deixou Salto, ele passou a estudar numa outra escola isolada, do professor Gentil de Oliveira, até que começou a funcionar o 1º grupo escolar saltense, o “Tancredo do Amaral”, no qual ele também se matriculou e cursou os 4 anos primários. Posteriormente, ingressou na Escola Italiana, antecessora da Anita Garibaldi, que era uma espécie de escola complementar, cursando os 3 anos. Ela tinha como professor o agente consular italiano, Francisco Salerno, que lhe proporcionou o primeiro emprego, na Societá Italo-Americana, que alguns anos depois passou a se denominar Brasital S.A. Fez diversos cursos por correspondência, principalmente das línguas inglesa e portuguesa, além de outros pela American School.
Na Societá Italo-Americana, passou a trabalhar num escritório integrado por ingleses, que montavam máquinas de fiação, continuando na empresa após o término do serviço, passando a trabalhar no escritório central, na seção Pessoal. Chegou à chefia da seção e como do complexo fazia parte a Companhia Ituana de Força e Luz, que em 1926 estava construindo as obras do Porto Góes (canal), ele foi nomeado chefe do escritório do canteiro dessa obra, que empregava 1.500 homens. No ano seguinte a Cia Ituana foi absorvida pela Light and Power e Vitor foi mantido no cargo. Foi incumbido de fazer a readaptação dos serviços de Caixa das agências da nova empresa em Salto, Itu, Sorocaba, Jundiaí e nas cidades da Central do Brasil, desde Mogi das Cruzes até Cruzeiro. Em seguida foi nomeado agente em Itu, depois de ocupar o mesmo cargo em Salto, tendo que se transferir para a vizinha cidade.
Vicentino – Após ter-se aposentado, Vitor voltou para Salto e a convite do monsenhor João da Silva Couto, passou a integrar a Conferência Nossa Sra. do Monte Serrat, da Sociedade São Vicente de Paulo. Em 1931, juntamente com outros elementos, foi fundador daquele núcleo vicentino, assumindo a presidência. Continuou nesse cargo, mesmo quando foi fundada a segunda Conferência e o Conselho Particular da São Vicente em Salto, assumindo a presidência deste último, cargo que ocupou até 28 de dezembro de 1957, ou seja, por 24 anos. Nesse período foram fundadas mais 9 conferências, criada a Assistência Vicentina Frederico Ozanam e inaugurado o Abrigo de Velhos, além da construção da Vila Vicentina, com 36 casas.
Em Itu – Na vizinha Itu, Vitor passou a pertencer à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, ocupando o cargo de secretário e irmão mordomo, dentre outros. Também foi secretário, por muitos anos, do Asilo de Mendicidade Nossa Senhora da Candelária e por 15 anos interventor da Irmandade de São Benedito, liderando a construção da Capela Lateral da igreja. Também foi, por muitos anos, provedor da Irmandade do Santíssimo; colaborou com a Congregação Mariana e com os Padres Jesuítas, inclusive na organização das festas do Centenário de Fundação do Apostolado da Oração.
Família e homenagem – Vitor foi casado com Palmira Albina Brunelo Bombana, falecida em outubro de 1989, com quem teve dois filhos: José Brunelo Bombana e Maria Célia Bombana.
Foi homenageado pela Câmara e Prefeitura de Salto, sendo seu nome dado a uma rua do Condomínio Village Moutonnée.
Ele faleceu em 17 de outubro de 1991.
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