QUEM FOI QUEM
Oswaldo Palma, um ituano que morou em Salto, onde fez grandes investimentos
Pode-se dizer que Oswaldo Palma foi um ituano-saltense, pois nasceu em Itu em 1926, mas fez grandes investimentos em Salto, onde residiu durante vários anos. Ele implantou vários loteamentos, quase todos de grande porte e populares, como o São Pedro-São Paulo, Salto de São José, Guaraú e outros, além de um condomínio destinado às pessoas de maior posse, o Haras Paineiras, todos eses investimentos na margem esquerda do Rio Jundiaí, onde possuía diversas grandes áreas.
Ele iniciou seus primeiros estudos (antigos cursos primário e ginasial) em Itu, mas ingressou posteriormente em escolas superiores, como a Getúlio Vargas, Pontifícia Universidade Católica, ambas de São Paulo e na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Foi um empresário de sucesso, ocupando importantes cargos, dentre eles na área da ferrovia, participando de obras importantes, como, por exemplo, a implantação do sistema de eletrificação da Estrada de Ferro Central do Brasil, em São Paulo. Foi diretor da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo; estruturou a Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo, além de exercer diversas outras atividades importantes.
No governo estadual de Paulo Maluf, foi secretário da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia e, nessa época, colaborou com os prefeitos de Salto que se sucederam no cargo, apoiando diversas de suas reivindicações
A polêmica da ponte - Nessa época (1981) pretendeu construir outra ponte sobre o Rio Tietê, para ser utilizada quando houvesse problema com a única ponte existente, mas por questões políticas, foi impedido de levar adiante as obras graças a uma resistência de vereadores, tendo à frente dois membros do Legislativo local, Alcides Victorino de Almeida e Fernando de Noronha. A ideia da ponte surgiu numa visita do Governo Itinerante de Paulo Maluf, em Sorocaba, com a presença do prefeito de Salto, Jesuíno Ruy. Palma e outros dois vizinhos seus se propuseram a iniciar a obra, construindo os pilares, ficando aos governos municipal e estadual a incumbência de concluir a ponte, com o que Jesuíno e o governador Maluf concordaram.
Foi contratada uma empresa, especialista em fundações dentro d’água, tendo sido gastos cerca de 6 milhões de cruzeiros, pagos pelos 3 empresários. Naquele mesmo ano de 1981 os pilares ficaram prontos e, para que as obras prosseguissem, seria necessário a Prefeitura de Salto assinar um convênio com o Estado para que as verbas fossem liberadas. A Câmara, porém, não aprovou o projeto e por isso as obras foram paralisadas, o que aconteceu durante 23 anos. Na administração do prefeito Pilzio Nunciatto Di Lelli (2001-2004) foi feita uma licitação, escolhida a empresa que iria prosseguir com as obras da ponte, tendo sido iniciados os trabalhos, que foram concluídos no governo seguinte, de Geraldo Garcia, que inaugurou a ponte, que era conhecida como “Ponte do Palma” e que passou a ser denominada “Ponte dos Pescadores”. Na inauguração foi prestada homenagens a Oswaldo Palma, ex-prefeitos Jesuíno e Pilzio, que trabalharam pela construção.
Família e homenagem – Oswaldo Palma era casado com Stela Maria Novelli Palma, com quem teve dois filhos: Oswaldo Palma Filho e João Eduardo Novelli Palma. Ele faleceu em 20 de dezembro de 2016, aos 90 anos de idade.
A Comissão de Nomenclatura indicou o nome de Palma para ser homenageado com o nome de uma via pública, a Câmara aprovou e a Prefeitura sancionou a indicação, sendo denominada uma rua do Jardim dos Ipês.
Comments