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QUEM FOI QUEM

Duílio Santoro, dono de ótica tradicional, marcou presença positiva na vida saltense


Apesar de nascido e criado em Itu, Duílio Santoro foi por muitos anos um “saltense”, pois ficava em Salto de segunda a sexta-feira o dia todo e aos sábados até 12 horas. Não só ficava como vivia a vida da cidade, dela fazendo parte como os demais comerciantes saltense. Como os demais não, pois ele era diferenciado: não somente disponibilizava uma ótica completa, que vendia também outros produtos, mas também participava colaborando com muitas entidades e principalmente com a imprensa local (leia-se jornal Taperá). Era um grande apoiador da então revista, publicando não só seus anúncios, mas também patrocinando reportagens que beneficiavam a população, principalmente os trabalhadores e os jovens. Foram muitas as vezes que reportagens de página inteira e até de 2 páginas patrocinadas pela então Casa Santoro, que posteriormente mudou de nome para Ótica Santoro. Funcionava também como relojoaria.



Sua origem – O pai de Duílio, o italiano José Santoro, veio para o Brasil no ano de 1912. Ele inclusive foi cônsul da Itália, nomeado pela Embaixada Italiana no Brasil. Duílio estudou no então Grupo Escolar Cesário Motta. Aos 14 anos de idade começou a trabalhar com seu pai na Casa Santoro, que tem mais de 100 anos de existência. Foi a pioneira no ramo de relojoaria e ótica da região e depois de alguns anos, mas quando começou era apenas uma modesta relojoaria, que tinha como técnico um dos irmãos de Duílio, Manolo. Mais tarde os irmãos foram fazer o curso de ótica em São Paulo e passaram a aviar as receitas dos médicos oftalmologistas, atendendo várias cidades vizinhas. Foram ampliadas as vendas também para as joias e artigos para presentes, que foram bem aceitos pelos clientes.


Anúncio de uma excursão de trabalhadores e a repercussão da reportagem; na outra página, publicidade inovadora na Revista Taperá


Em Salto – A empresa cresceu, abrindo outras quatro lojas: em Salto, na Rua Rui Barbosa, 352, e também em Indaiatuba, Boituva e Porto Feliz, continuando a matriz na Rua Floriano Peixoto, 840, em Itu. Quando houve a separação da sociedade, Duílio ficou com Casa Santoro de Salto, que até hoje está com sua família, através dos seus filhos Duilinho (Duílio José) e Dado (Carlos Eduardo). O primeiro dirige a loja saltense, que tem cerca de 60 anos de existência, e o segundo a de Itu, chamada de Ótica Duílio, na Rua Floriano Peixoto, 436.



Fachada da Casa Santoro, em Salto, que há mais de 60 anos funciona na Rua Rui Barbosa, 352 e Duílio (ao centro), com seus dois filhos, Duilinho e Dado e os funcionários Pedro Pedroso e Mario Mazetto


Paixões – Duílio teve algumas paixões na vida, como seu principal hobby, os canários do reino. Numa entrevista ao jornal “A Federação”, de Itu, no qual colhemos alguns dados desta matéria, ele revelou que inclusive participava de Campeonatos Brasileiros de Ornitologia em várias cidades, nos quais participavam pássaros do Brasil todo e mesmo assim Duílio foi premiado várias vezes.

Outra paixão de Duílio era o futebol. Torcia pelo Ituano, não perdendo nenhum jogo e também pelo Palmeiras. Quando os dois se enfrentavam pelo Campeonato Paulista de Futebol, seu coração ficava dividido.



Família – Ele era casado com Maria Stella, com quem teve quatro filhos: Carlos Eduardo (Dado), Tereza Cristina, Duílio José (Duilinho) e Fernanda.

Tinha 7 irmãos: Manolo, Mansueto, Zita, Domingas, Antonio, Luiz e Helena.



Duílio com seus dois filhos, Dado e Duilinho, posando no interior da loja de Salto

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