QUEM FOI QUEM
Domingos Lammoglia: retidão, seriedade e honestidade daquele que foi conhecido como “O Caixa da Brasital”
O italiano Domingos Lammoglia, nascido na Província de Potenza, Condado de San Constantino de Rivello, no dia 6 de agosto de 1878, veio para o Brasil em 1891, aos 13 anos de idade. Estava acompanhado pelos seus primos, tendo desembarcado no porto do Rio de Janeiro, se dirigindo inicialmente para Itu. Logo se empregou como aprendiz de funileiro com o seu primo Salvador Filizola. De início encontrou dificuldade porque não entendia nossa língua, mas logo se adaptou e em 1898 já dominava completamente o português. Com 20 anos de idade teve que deixar o Brasil, pois foi forçado a voltar para a Itália, a fim de prestar o serviço militar.
Depois de ter cumprido seu dever para com sua pátria, a saudade do Brasil apertou e ele voltou em 1902, tendo escolhido Salto para viver, porque achava que era uma cidade alegre e com um povo muito bom. Aqui formou família, pois em 3 de setembro de 1910 casou-se com Carmelina Rubinato, com quem teve 10 filhos (5 homens e 5 mulheres), a maioria dos quais se destacou em diversas atividades. O principal deles foi Archimedes Lammoglia, que foi médico, jornalista, advogado, secretário de Estado da Saúde e deputado estadual durante 32 anos seguidos.
Em 1911, depois de casado e com um filho, voltou para a Itália visitar seus parentes, mas regressou logo depois, fixando-se definitivamente em Salto, onde viveu até seu falecimento.
“O Caixa da Brasital” – Domingos era um cidadão que proporcionava admiração pelo seu caráter, retidão, seriedade e honestidade. Ele exercia uma função importante na Brasital S.A., pois era o responsável pelo caixa dessa importante indústria saltense. Ficou conhecido como “O Caixa da Brasital” por ter exercido essa função durante muitos anos, tendo se aposentado nessa empresa depois de 37 anos de serviço, na década de 1950. Ele entrou na indústria depois de ter trabalhado como funileiro durante alguns anos.
Era um homem sério e sistemático, que repetia suas ações no mesmo ritmo e com a mesma pontualidade. Dormia cedo (8 da noite) e acordava às 4h30 da madrugada. Andava 2 quilômetros toda manhã, antes de se dirigir para o trabalho. Não tinha o costume de ouvir rádio, nem de ir ao cinema, principais divertimentos da época, mas gostava de se manter informado lendo o jornal O Estado de S. Paulo. Não gostava de política, não bebia, nem fumava.
Família e homenagem – Domingos Lammoglia era casado com Carmelina Rubinato, com quem teve 10 filhos: João Baptista, Domingos, Archimedes, Carlos, Oscar, Antonia, Carmela, Iraides, Filomena e Tereza.
Ele foi homenageado pela Câmara e Prefeitura de Salto, sendo seu nome dado a uma rua do Residencial Picolino.
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